Tendência tem maior espaço entre grandes corporações, mas é irreversível.
Não há dúvidas de que, globalmente, a tecnologia de virtualização, capaz de potencializar a capacidade de processamento dos servidores de rede, já se popularizou no ambiente corporativo, tendo ainda muito a crescer nos mais diversos perfis e tamanhos de empresas. Previsões do Gartner apontam que 55% de toda a nova carga de trabalho no mundo será feita em servidores virtuais neste ano, contra 40% em 2009. Em relação às cifras, a consultoria calcula que o mercado mundial de virtualização vai chegar a US$ 4,2 bilhões em 2013 e se, as projeções se confirmarem, a movimentação em 2010 será de US$ 2,1 bilhões.
Mas e o Brasil, como está caminhando na adoção desta tendência que, globalmente, tem se mostrado irreversível? Bem, felizmente já podemos afirmar que por aqui a virtualização está cada vez mais perdendo o status de tendência para ser vista como realidade.
Obviamente, essa movimentação tem mais força entre as grandes corporações, mas já se percebem avanços também no segmento PME. A disponibilidade de produtos gratuitos, como o VMware Server e XEN (open source), entre outros, mesmo que com funcionalidades limitadas em comparação às versões pagas, facilitam a experimentação da tecnologia e ajudam a quebrar as resistências.
Promover o conhecimento sobre a virtualização e seus benefícios talvez seja o maior desafio a ser superado no mercado nacional. O suporte de mais de 90% de servidores em uma solução virtualizada é outro fato que tem contribuído significativamente para alavancar a tecnologia.
Para se ter uma ideia, o Brasil já representa atualmente aproximadamente 55% do volume de vendas da VMWare na América Latina. Empresas dos segmentos de Finanças, Governo, Telecomunicações e Data Centers são as que mais têm puxado esse movimento, mas, conforme dito anteriormente, a adoção vem gradativamente se espalhando para outras indústrias, inclusive entre as PMEs. Dados de mercado indicam que o volume de vendas da VMWare na América Latina corresponde a cerca de 5% do montante mundial, revelando o quanto ainda há de espaço para crescimento da tecnologia entre as empresas brasileiras.
Ou seja, a virtualização ficará com uma boa fatia dos investimentos em TI para 2011, à medida que forem crescendo o amadurecimento e a confiança quanto à instalação da tecnologia. Hoje já se nota no mercado que a aceitação aos servidores virtualizados vem crescendo inclusive para aplicações críticas, como as de ERP. O amadurecimento da tecnologia de virtualização dá garantia às empresas de que o nível de proteção é alto.
E por que, afinal, a virtualização é tão atrativa assim? Quais os benefícios concretos? Economia de recursos é, possivelmente, a resposta mais completa para a questão. Não podemos nos esquecer de que cada servidor possui sua fonte de alimentação própria. Num ambiente de virtualização, o número de servidores de uma companhia cai incrivelmente, uma vez que a tecnologia consolida e centraliza aplicações, tirando o máximo de aproveitamento dos recursos existentes.
Assim, economiza-se com aquisições futuras de hardware, refrigeração e energia elétrica. A forma de se fazer back up, algo sempre preocupante e custoso para a área de TI, também é otimizada em um ambiente virtualizado.
E então, é ou não um bom negócio apostar na tecnologia de virtualização? As empresas que optaram por essa iniciativa não se arrependem...